Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Histórico
Início do conteúdo da página

HISTÓRICO DA OM E ESTANDARTE

                                                         

Com a reformulação do Exército nos anos 60, o 26º Grupo de Artilharia de Campanha (26º GAC) foi transferido de São Borja-RS para a cidade de Guarapuava - PR, levando consigo todo o pessoal e o material.

As instalações vazias foram divididas e ocupadas por militares do 2º Regimento de Cavalaria Mecanizada e seus familiares. Cerca de 30 famílias de militares moraram até o ano de 1985 no antigo aquartelamento do 26º GAC.

Em 1985, inicia-se a desocupação das instalações do aquartelamento com a construção de uma Vila Militar e em 19 de dezembro do mesmo ano, através da Portaria Ministerial nº 083, é criada a 1ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada.

Com o apoio da Comissão Regional de Obras – 3, começam as obras de reforma e adequação das instalações que sediariam a Companhia de Engenharia.

Em 1986, chegam os primeiros integrantes, a começar pelo Major Irineu Pasini, o primeiro comandante, e em 1987, com grande parte das obras já concluídas, é incorporada a 1ª turma de Recrutas da Companhia.

Sua Denominação Histórica de “Companhia Souza Docca” e seu estandarte, foram aprovados pela Portaria Ministerial nº 749, de 22 de setembro de 1997. Esta denominação homenageia o bravo militar São-borjense Coronel José Fernandes de Souza, nascido no ano de 1812, que incorporou o vocábulo “Docca” ao seu nome, por ter, ainda como Alferes, aprisionado uma embarcação com esta denominação. O Coronel Souza Docca foi uma figura de destaque na Resistência de São Borja a invasão Paraguaia em 1865.

Desde sua criação até os dias de hoje, a “Companhia Souza Docca” vem cumprindo seu dever de proporcionar a mobilidade, contramobilidade e proteção as tropas da 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, bem como colaborar na formação profissional e moral dos militares que aqui serviram e ainda servem, cumprindo, assim, seu papel junto à sociedade São-borjense e ao Exército Brasileiro.

Localizada geograficamente às margens do rio Uruguai, fronteira oeste do estado do Rio Grande do Sul, São Borja, cidade escolhida para abrigar uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada, recebeu irrestritamente e de braços abertos no dia 19 de dezembro de 1985, por meio da portaria ministerial nº 83, a 1ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada, subunidade esta subordinada à 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada – Brigada José Luís Menna Barreto, 3ª Divisão de Exército – Divisão Encouraçada e Comando Militar do Sul, respectivamente.

Conforme narra o histórico oficial deste moderno aquartelamento, com a reformulação estratégica do Exército nos anos de 1960, segundo propunha o projeto estratégico força terrestre/90, o 26º Grupo de Artilharia de Campanha, que ocupara as atuais edificações da Companhia de Engenharia de 1926 até 1973, transferiu-se da guarnição de São Borja para a de Guarapuava, no estado do Paraná, levando consigo todo o material e deixando permanecer apenas as suas antigas instalações. Diante disso, surgiu na época uma preocupação a mais para o comandante da guarnição, o Coronel Luís Armando Franco de Azambuja, haja vista que, além de preocupar-se com a sua unidade, o 2º Regimento de Cavalaria Mecanizado – Regimento João Manoel, não poderia o mesmo deixar de dar atenção às acomodações que permaneciam vazias com a saída do Grupo de Artilharia.

Buscando solucionar o problema, o comandante do regimento resolveu, então, reunir todos os militares que não tinham residência própria na cidade, dividindo em alojamentos essas instalações e transformando-as em uma pequena vila militar, chegando a abrigar, aproximadamente, cerca de 30 famílias de militares.

Em 1985, ao assumir o comando do regimento, o Coronel Décio Pernnafirme Teixeira regularizou a situação de moradia dessas famílias e construiu a atual vila militar dos subtenentes e sargentos. Através da construção dessa vila, as famílias começaram a desocupar as antigas dependências do Grupamento de Artilharia no mesmo ano, tornando possível uma reforma estrutural para acomodar a nova Organização Militar. Vale ressaltar que as adequações realizadas não seriam possíveis se não fosse o apoio da comissão regional de obras número 3, subordinada atualmente ao 4º Grupamento de Engenharia.

Concluída a reforma, chegaram os primeiros integrantes da Companhia de Engenharia em 1986, a começar pelo seu primeiro comandante, Major Irineu Pasini, seguido por mais seis oficiais, vinte e um subtenentes e sargentos e um soldado do núcleo base, militares estes, inclusive, que o auxiliaram na 1ª incorporação de recrutas, tendo início as atividades administrativas oficialmente no dia 5 de janeiro de 1987.

Por intermédio da portaria ministerial nº 749, de 22 de setembro de 1997, foi concedido à Companhia de Engenharia o estandarte e a denominação histórica “Companhia Souza Docca”, denominação esta escolhida para homenagear o bravo militar São-borjense Coronel Honorário José Fernandes de Souza, nascido no ano de 1812, e que incorporou o vocábulo “Docca” ao seu nome por ter, ainda como alferes, aprisionado uma embarcação com esta denominação durante a Guerra Farroupilha. Cabe destacar, também, suas participações na Guerra do Prata, resistência à Invasão Paraguaia em São Borja e Guerra da Tríplice Aliança, falecendo em sua própria estância, aos 12 de outubro de 1893, onde foi sepultado no pequeno cemitério, próximo do Porto da Barca, no Camaquã.

Por dever de justiça e fruto das propostas do projeto cultural Souza Doca, neste mesmo ano, o estandarte e a denominação histórica foram retificados pelo comandante do Exército, passando a chamar-se companhia “Coronel José Fernandes de Souza Doca”, com um “c”, a fim de desconstituir a confusão perdurada por muitos, os quais presumiam ser a homenagem direcionada ao filho de José Fernandes, o General Emílio Fernandes de Souza Docca, afinal, este sim, empregava o sobrenome com os dois “cês”; e o tombamento do cemitério público do Camaquã foi decretado pelo Prefeito Municipal, passando a ser reconhecido assim o lugar como patrimônio histórico e cultural de São Borja.

Desde sua criação até os dias de hoje, a Companhia José Fernandes de Souza Doca desempenha importante papel junto à comunidade, formando soldados e aprimorando cidadãos, além de desempenhar exemplarmente sua missão principal de apoiar a mobilidade, a contramobilidade e contribuir para a proteção neste município, em cidades limítrofes e até mesmo no exterior (por ocasião das operações de manutenção da paz das nações unidas em Honduras, Angola e Haiti), caracterizando-se como fator multiplicador do poder de combate da 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, e consequentemente do Exército Brasileiro.

Destarte, é possível verificar facilmente que nossa Organização Militar, apesar de muito jovem no âmbito da força terrestre, está cercada de história, valores e tradições, pois muitos já passaram por aqui, outros virão; e aqueles que hoje servem nesta gloriosa Organização Militar têm a convicção de que continuarão honrando esses valorosos conhecimentos institucionais.

Parabéns a todos os integrantes da 1ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada – Companhia Coronel José Fernandes de Souza Doca, parabéns às cidades de São Borja, Crissiumal, Humaitá, Nova Candelária, Três Passos, Bom Progresso, Tiradentes do Sul, Sede Nova, Santo Antônio das missões e Garruchos, por confiarem à esta Companhia aquilo que possuem de mais caro em seu seio: a nossa juventude.

Que a paz continue reinando entre nós e que continuemos a trabalhar cada vez mais unidos e solidários por um Brasil mais digno para todos.

Fé na missão!

Por dever de justiça e fruto das propostas do Projeto Cultural "Souza Doca" - que também se identifica academicamente como projeto de Extensão"Preservação da Memória Institucional no Exército Brasileiro: o caso da "Companhia Souza Docca" -, no ano de 2019, através da Portaria do Comandante do Exército nº 1.736 e 1.742, o Estandarte Histórico e a denominação histórica foram retificados, passando a chamar-se "Companhia Coronel José Fernandes de Souza Doca", com um "C" apenas, a fim de desconstruir a confusão pendurada por muitos os quais presumiam ser a homenagem direcionada a um dos filhos de José Fernandes, o General de Brigada Emilio Fernandes de Souza Docca, afinal, este sim, empregava o sobrenome com os dois "cês". O estandarte Histórico tem a seguinte descrição heráldica:

Forma retangular, tipo bandeira universal, franjado de ouro. Campo de azul-turquesa, cor representava da Arma de Engenharia. Em abismo, um escudo peninsular português, mantelado em ponta e filetado de ouro; chefe de azul-turquesa, carregado com o símbolo da Arma de Engenharia, de prata; primeiro campo, em fundo vermelho, contendo o símbolo de Mecanização, de ouro; segundo campo, de branco, carregado com duas lanças cruzadas, com flâmulas vermelhas, representativas dos trinta e dois lanceiros do 22º Corpo Provisório da Guarda Nacional, comandados pelo bravo Major Souza Doca, em 10 de junho de 1865, quando da invasão paraguaia ao Rio Grande do Sul, e da participação daquele valoroso Oficial em toda a Campanha da Tríplice Aliança; terceiro campo, de verde, ostentando uma “Cruz de Lorena”, na relembrança da catequese dos padres jesuítas, na região das Missões, onde a OM se localiza, sobreposta a três ondas de azul-ultramar, caracterizando o Rio Uruguai, à margem do qual se encontra a cidade de São Borja, berço natal do Coronel José Fernandes de Souza Doca. Envolvendo todo o conjunto, a Denominação Histórica 'COMPANHIA CORONEL JOSÉ FERNANDES DE SOUZA DOCA', em arco e de ouro. Laço militar nas cores nacionais com a designação militar da OM, de ouro.

 

Fim do conteúdo da página